Pouca gente imagina que, a poucos quilômetros do agito de Florianópolis, existe um refúgio que mistura história imperial, águas termais entre as melhores do mundo e montanhas que parecem ter sido desenhadas para aventuras e contemplação.

Foi aqui que a Imperatriz Teresa Cristina, ainda no século XIX, encontrou alívio nas fontes quentes de Santo Amaro. A tradição conta que, ao invés de seguir para a Europa, bastou uma imersão nessas águas para reconhecer que o tratamento estava muito acima do que havia no Velho Continente. Até hoje, o vapor que sobe das piscinas naturais carrega um pouco dessa aura de realeza.

Mas Santo Amaro e Águas Mornas não vivem só de tranquilidade. Os ventos que cortam a serra convidam para voos de parapente e asa delta, enquanto o rio Cubatão faz a alegria de quem gosta de rafting e corredeiras. Nos arredores, engenhos seculares — alguns construídos por escravizados — guardam memórias de um Brasil profundo e ainda pouco contado.

O inverno, que costuma esvaziar os hotéis de praia em Santa Catarina, aqui é o ponto alto: nada se compara à sensação de mergulhar nas águas fumegantes quando a serra esfria. É quando o destino revela sua verdadeira vocação — acolher, aquecer e surpreender.

E o melhor: chegar até lá é mais fácil do que parece.
- De Florianópolis, são cerca de 35 km.
- De Balneário Camboriú, pouco mais de 95 km.
- De Brusque, em torno de 110 km.
- De Blumenau, aproximadamente 155 km.

Ou seja: praticamente todo o coração turístico de Santa Catarina está a menos de duas horas desse paraíso que muitos catarinenses ainda não conhecem.

Na próxima vez que o seu mapa apontar para o litoral catarinense, ouse um pequeno desvio. Aposto que Santo Amaro da Imperatriz e Águas Mornas vão aquecer não só o corpo, mas também a memória da sua viagem.

— Bella Trip, Repórter Digital da Revista Receita de Turismo

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